Ansiedade não é algo novo no dia a dia dos professores. Afinal, ensinar é gratificante, mas também bastante estressante. No último ano, porém, esses profissionais precisaram lidar com uma dose extra de estresse. Ninguém estava preparado para migrar o ensino para o ambiente online de um dia para o outro e muito menos para lidar com todas as dificuldades e incertezas de uma pandemia. A presença do coronavírus trouxe e ainda traz muita ansiedade ao ambiente escolar. O que não ajuda diminuir a ansiedade. Porém, é importante reconhecer quando a ansiedade não é apenas um sintoma, mas também um transtorno de saúde mental.
Para entender melhor essa questão, aprender a reduzir a ansiedade e criar rotinas mais saudáveis, preparamos um post completo. Confira!
Ansiedade: quando ela é um problema?
A ansiedade não é necessariamente um problema para a nossa saúde mental e nem sempre configura um transtorno. Na verdade, a ansiedade é algo que faz parte da nossa vida, pois reflete uma resposta do corpo diante de uma ameaça. Sempre que estamos à frente de um perigo, nossa mente reage, apresentando sinais de fuga ou de luta. Por isso, quando estamos ansiosos, nossas pupilas dilatam, nossa respiração acelera, os pelos do corpo ficam eriçados e nosso coração bate mais acelerado.
Em alguns casos, no entanto, a ansiedade e, por consequência, os seus sintomas são excessivos, o que acaba prejudicando o dia-a-dia. A ansiedade pode desencadear diferentes ,transtornos de ordem mental como a ansiedade generalizada, a síndrome do pânico, o estresse pós-traumático, fobias e o TOC, como explica Rodrigo Bressan nessa ,entrevista sobre ansiedade. E, nesses casos, o ideal é procurar o auxílio de um psiquiatra e também de um terapeuta.
Ansiedade em professores: quando algo não vai bem…
A ansiedade em professores, como mencionamos, faz parte da rotina. Porém, como identificar que algo não vai bem? Na verdade, não existe uma receita, pois cada pessoa reage de um jeito. No entanto, sempre que a ansiedade prejudica a nossa rotina, é bom prestar a atenção. Alguns exemplos disso são:
- Não conseguir executar tarefas importantes por se sentir paralisado
- Não conseguir sair de casa por situações que não ocorreram ou não fazem parte da rotina
- Pensar obsessivamente em problemas ou situações de perigo que não são reais
- Ter taquicardia ou acelerar a respiração sem motivo aparente
- Ter dificuldade de se concentrar
- Falar rapidamente e repetir as ideias constantemente
Ouvir os comentários dos amigos e parentes também é importante. Em geral, quando se trata de saúde mental, eles costumam perceber que algo não vai bem antes de nós mesmos.
Como criar rotinas mais saudáveis para minimizar a ansiedade
Todos os professores passaram por uma dose extra de estresse no último ano. Afinal, ninguém havia se preparado para uma pandemia! Porém, apesar de todas as mudanças e incertezas, é possível adotar algumas medidas para que o seu cotidiano seja mais saudável e diminuir a ansiedade, especialmente com a ,retomada das aulas presenciais:
Invista em uma rotina para diminuir a ansiedade
Tanto o nosso corpo, quanto a nossa mente agradecem quando temos uma rotina consistente. Isso porque essa sensação de “não saber o que vem depois” costuma nos deixar ansiosos. Desta forma, para quem já é naturalmente ansioso, é essencial apostar em rituais diários que demarquem o dia a dia. Além disso, é bom ficar de olho no consumo de estimulantes: excesso de café, chá preto ou mesmo chá verde contribuem para o aumento da ansiedade.
Planeje-se dentro e fora da sala de aula
Ter um planejamento é algo que ajuda bastante a diminuir a ansiedade. Alguns professores fazem isso muito bem quando o assunto é trabalho, mas acabam abdicando deste hábito na vida pessoal. Para ter uma vida mais equilibrada, é preciso conciliar todos os seus aspectos. Ou seja, descanso, família, horários para comer e horários para corrigir as tarefas dos alunos ou fazer planos de aulas devem ter a mesma prioridade.
E lembre-se que planejar não significa ser absolutamente rígido com os horários . É sempre bom deixar uma margem de folga, ou “espaços em branco na agenda” para encaixar novos compromissos ou fazer com tranquilidade aquilo que te demanda mais tempo.
Leia também: A sala de aula e a saúde mental do professor
Foque no momento presente
Algumas vezes, confundimos preocupações futuras com problemas de fato e acabamos ficando muito ansiosos. É preciso saber separar as coisas e aprender a focar no momento presente.
Algumas práticas como meditação, exercícios físicos, tocar um instrumento ou mesmo fazer atividades manuais ajudam a diminuir a ansiedade e se concentrar no agora. Para evitar que a ansiedade domine a sua rotina, vale a pena incluir algumas dessas ocupações no seu dia a dia.
Pratique o auto cuidado
Procure reservar espaços na agenda para você. A ansiedade em professores é gerada, principalmente, porque muitos profissionais se doam bastante e acabam perdendo o limite entre a dedicação e o trabalho excessivo. Para ter uma rotina mais equilibrada é fundamental fazer pausas, cultivar pequenas alegrias e descansar. Meditar, praticar exercícios, tirar um tempo para cozinhar ou fazer qualquer atividade que você gosta. Todas essas práticas fazem parte do autocuidado e são importantes para minimizar a ansiedade.
Converse com colegas
O meio em que vivemos e trabalhamos influencia nossas atitudes e comportamentos. Por isso, é crucial conversar com os colegas para criar uma rede de apoio e também transformar o ambiente de trabalho. Até porque, muitas vezes parece que a ansiedade é algo contagioso: é só trabalhar em um lugar com muitos profissionais ansiosos que ficamos ansiosos também. O ideal é identificar isso na rotina escolar e compartilhar medidas para reduzir a ansiedade dos professores.
Ansiedade em professores pode se transformar em um problema. Por isso é tão importante investir em uma rotina equilibrada e saudável.
Ansiedade em professores é uma realidade para você e sua escola? Nós preparamos uma série de, conversas que ajudam a ter mais saúde mental no ambiente escolar. Confira!